As redes sociais estavam em burburinho com a presença do ex-deputado federal e ex-ministro da Casa Civil do primeiro governo Lula, José Dirceu, num evento em defesa da ‘democracia’ no Senado Federal, no dia 2 de abril.
A Sessão Especial foi presidida pelo senador Randolfe Rodrigues, líder do governo Lula no Senado Federal. O objetivo da Sessão foi celebrar a redemocratização do Brasil após o fim do regime militar (de 1964 a 1985).
Não trataremos sobre o objetivo da sessão, mas sim sobre a presença de Dirceu no Senado.
Dirceu não estava apenas presente ao evento, ele estava sentado à mesa da presidência do Senado, em local de destaque. E mais, fez uma breve palestra.
Há 19 anos Dirceu não entrava no Congresso Nacional.
José Dirceu foi condenado pelo STF à pena de 7 anos e 11 meses de prisão por comandar o maior esquema de corrupção da história do Brasil, o mensalão.
Nas palavras do então ministro do STF, Celso de Mello, o mensalão foi um “grave atentado” ao sistema democrático brasileiro.
O ministro Gilmar Mendes, ainda no STF batizou o governo do PT como um modelo de governança corrupta, uma verdadeira Cleptocracia. Isso em plena investigação da Lava Jato, que também condenou José Dirceu a uma pena de mais de 23 anos.
Bem, o STF está anulando algumas dessas penas. E o resultado o Brasil acompanha, com a indignação de boa parte da população.
Num país onde um ex-governador de um dos principais Estados, condenado a mais de 400 anos por corrupção, está solto, curtindo sua liberdade.
Num país em que empresas confessadamente condenadas por corrupção têm suas multas perdoadas.
Num país em que um ex-presidente é retirado do cárcere, onde cumpria pena por corrupção e lavagem de dinheiro, tem sua pena anulada por erro de “CEP” e é eleito para um terceiro mandato.
Nada mais emblemático do que um condenado por atentado a democracia, através de corrupção e lavagem de dinheiro, ser convidado especial do Senado da República para exaltar a “democracia”.
“TOMAR O PODER É DIFERENTE DE GANHAR AS ELEIÇÕES” (José Dirceu).