Zambelli defende suspensão da vacinação infantil depois de irregularidades

Para ela, a campanha só deveria retornar após a investigação dos casos de aplicação de doses irregulares e de efeitos adversos

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) enviou um ofício ao Ministério da Saúde e à Anvisa afirmando que “revela-se como prudente a suspensão temporária da vacinação de crianças e adolescentes”.

Para ela, a campanha só deveria retornar após a completa investigação dos casos de aplicação de doses irregulares e de efeitos adversos da vacina.

No documento protocolado na quinta-feira 20, a parlamentar contesta a argumentação do Ministério Público Federal de que o erro de vacinação em Lucena, na Paraíba, teria sido um caso isolado.

Zambelli citou a Advocacia-Geral da União que informou ao Supremo Tribunal Federal que, até dezembro de 2021, cerca de 20 mil crianças teriam sido vacinadas contra a covid-19 de forma irregular.

A vacina pediátrica da Pfizer, a primeira a ser aprovada no Brasil para a faixa etária de 5 a 11 anos, só começou a ser aplicada no Brasil em 14 de janeiro deste ano, ou seja, cerca de um mês depois.

A deputada também pediu que “seja promovida uma ampla campanha de divulgação dos efetivos riscos da vacinação para crianças e adolescentes”.

Carla Zambelli pontua ser favorável à “adoção de medidas seguras e eficazes no combate à pandemia”, contudo, entende que, “em primeiro lugar, deve ser priorizada a plena segurança de todos aqueles que optem por receber a imunização”.

A parlamentar destaca que “não há certeza sobre quais os eventos adversos que podem ocorrer naqueles que optarem pela imunização” e que não há elementos disponíveis para o risco de longo prazo da vacina.

Segundo Zambelli, não tem sido obedecida a orientação do Supremo de que todos os brasileiros têm o direito de conhecer os possíveis riscos proporcionados pelas vacinas.

“Encontra-se em andamento uma campanha de relativização dos efeitos adversos por parte de parcelas da sociedade civil que promovem verdadeiros atos de desinformação”, afirma.

De acordo com a assessoria da parlamentar, o ofício também foi encaminhado para a Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba e para o Ministério Público Federal.

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