Timmy Karter mostrou abertamente a venda de maconha, cocaína e lança-perfume
O youtuber britânico Timmy Karter, com mais de 130 mil inscritos em seu canal, fez uma espécie de “turismo” numa favela do Rio de Janeiro. O vídeo circulou nas redes sociais na quinta-feira 11.
Nas imagens, é possível ver Karter andando na garupa de uma moto. O motorista parece ser morador da favela. Ao se aproximarem das regiões povoadas pelos traficantes, o motoqueiro adverte: “Aqui não pode gravar, chefe”. Em seguida, há um corte no vídeo.
A gravação volta com o youtuber já numa barraca que vende drogas. Uma bandeira com a estampa do Comando Vermelho, maior facção criminosa do Rio de Janeiro, forra uma das “lojas”.
Em certo momento da gravação, Karter se assusta com o baixo preço dos entorpecentes. “No Reino Unido, isso custa US$ 200”, disse o britânico, referindo-se a 3 gramas de cocaína. Na favela, estava US$ 4.
O vídeo mostra que as barracas vendem abertamente maconha, cocaína e lança-perfume. Não há a presença de policiais no local.
A mazela que o youtuber britânico não conhece
Essa cena não é privilégio do Rio de Janeiro. Em 26 de abril, por exemplo, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação para conter o tráfico internacional de cocaína originada no Peru, na Colômbia e na Bolívia. O destino da droga seriam os Estados das regiões Norte e Nordeste do Brasil.
As medidas judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal de Araguaína (TO) e incluem 28 mandados de prisão preventiva e 95 de busca e apreensão. Também determinam a apreensão de 16 aeronaves, sequestro de três propriedades rurais e bloqueio de valores. Segundo a PF, o total de apreensões pode chegar a R$ 300 milhões.
Foram mobilizados 400 policiais federais, servidores da Agência Nacional de Petróleo e da Agência Nacional de Aviação Civil. Também colaboraram equipes da Polícia Militar dos Estados de Tocantins, do Maranhão e do Piauí.
As investigações tiveram início em novembro de 2020, com a apreensão de 815 quilos de cocaína, na cidade de Tucumã (PA), pela Polícia Militar do Pará.