YouTube tira do ar live de Bolsonaro com embaixadores

Plataforma também removeu conteúdos que duvidavam do atentado que o presidente sofreu

O YouTube tirou do ar nesta quarta-feira, 10, a live do encontro entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) com mais de 40 embaixadores. No vídeo, o chefe do Executivo levantou dúvidas sobre a segurança das urnas eletrônicas e manifestou preocupações com as eleições. O evento ocorreu no Palácio do Planalto, em 18 de julho deste ano.

“A política de integridade eleitoral do YouTube proíbe conteúdos com informações falsas sobre fraude generalizada, erros ou problemas técnicos que tenham supostamente alterado o resultado de eleições anteriores, depois de os resultados já terem sido oficialmente confirmados”, informou a plataforma, em nota. “Essa diretriz agora também se aplica às eleições presidenciais brasileiras de 2014, além do pleito de 2018.”

Conforme a empresa, a remoção ocorreu devido à atualização nas diretrizes de combate a “discursos de ódio” da plataforma, feita hoje. Outros vídeos que questionavam a veracidade do atentado à facada que o presidente sofreu, em 2018, também foram excluídos pela rede social. Um deles é um documentário do portal Brasil 247, que levanta suspeitas sobre o ataque a Bolsonaro.

“Nossa política de discurso de ódio proíbe conteúdo que negue, banalize ou minimize eventos históricos violentos, incluindo o esfaqueamento de Jair Bolsonaro”, comunicou o YouTube.

Anteriormente, a plataforma optou por manter o vídeo

Em 21 de junho deste ano, o YouTube decidiu manter a live do presidente que transmitiu um evento com embaixadores. “Após a revisão, não foram encontradas violações às políticas de comunidade do YouTube no vídeo em questão, postado em 18 de julho no canal de Jair Bolsonaro”, informou a big tech, em nota. No documento, a empresa comunicou que suas equipes trabalham para garantir o equilíbrio entre liberdade de expressão e a segurança de quem publica na plataforma.

No evento com os diplomatas, Bolsonaro revelou que criminosos invadiram o sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As informações constam em um inquérito da Polícia Federal (PF).

“Segundo o TSE, os hackers ficaram por oito meses no computador do TSE, com código-fonte, senhas — muito à vontade dentro do TSE”, observou Bolsonaro. A PF informou, ao longo do inquérito, que eles poderiam alterar nomes de candidatos, tirar voto de um e mandar para o outro.”

COMPARTILHAR