VÍDEO: Weintraub e Zoe Martinez “se estranham” durante entrevista

Ex-ministro e jornalista discutiram sobre postura recente de Weintraub em relação ao governo federal

O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub e a jornalista Zoe Martinez protagonizaram um embate durante a edição de segunda-feira (14) do programa Morning Show, da Jovem Pan, ao discutirem a respeito da postura adotada pelo ex-membro do governo desde sua saída da gestão Bolsonaro.

Em determinado momento da entrevista, Zoe quis saber de Weintraub por qual motivo ele afirmava que não seria candidato, mas ficava viajando pelo interior de São Paulo e dando entrevistas. De forma ríspida, o ex-ministro afirmou: “Eu sou livre; não estou em Cuba”.

Em resposta, Zoe disse ao ex-ministro que Bolsonaro estendeu a mão a ele e que o ajudou a conseguir um emprego no Banco Mundial. Por fim, ela afirmou que a postura de Weintraub estaria ajudando “a colocar algumas pessoas contra” o atual presidente.

“Ok, tudo bem sair do governo. Agora, ficar tecendo criticas ao governo justamente em ano de eleição, onde você sabe muito bem que está polarizado e vai ser Bolsonaro ou Lula. E você, fazendo isso, ajuda a colocar algumas pessoas contra o Bolsonaro. É uma coisa muito feia”, declarou.

CANDIDATURA EM SÃO PAULO E SAÍDA DO MINISTÉRIO

Cotado para concorrer ao governo de São Paulo nas eleições de outubro, Weintraub afirmou que seu futuro político ainda é incerto e destacou que tudo dependerá da receptividade à candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, nome escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para concorrer ao governo paulista.

“Se eu for, é porque acho que existe espaço para a agenda e para as características que o Tarcísio não tem. Ele é um cara [de quem] todo mundo gosta. A Folha gosta, o Estado gosta. A Folha escreveu um artigo elogiando ele. […] Para mim, a Folha só abre a boca para me descascar, inclusive em coisas que acho vergonhosas do ponto de vista da honestidade intelectual”, declarou.

Weintraub também negou ter traído a confiança do presidente Jair Bolsonaro, mas sugeriu que, na opinião dele, sua saída do Ministério da Educação, em junho de 2020, teria sido estratégica para a aproximação do governo federal com políticos do Centrão.

“O presidente Bolsonaro me indicou a um cargo que, antes, só gente com a mesma formação que a minha conseguiu chegar. Era uma vaga, estava vago, não havia ninguém. […] Minha saída do Brasil ajudou a acalmar os ânimos e trazer o Centrão para dentro. Minha saída, da forma como foi, foi interessante para a nova estratégia do governo”, declarou.

COMPARTILHAR