Advogado do ex-presidente Bolsonaro minimizou as mensagens e os documentos encontrados pela PF no celular do tenente-coronel
O advogado Fábio Wajngarten, ex-secretario de Comunicação da Presidência e atual assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, veio ao Congresso Nacional, nesta terça-feira, 11, para sair em defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Vim como amigo do coronel Cid, para dar apoio a ele”, disse o assessor de Bolsonaro. “Não há denúncia para manter a prisão preventiva. A Justiça deve ter o devido processo legal, ampla defesa e a punição dos culpados. Esse não é o caso. Externo o meu apoio ao tenente-coronel, que está longe da sua família.”
Cid está preso há mais de 70 dias devido a uma operação da Polícia Federal (PF) que apura fraudes em carteiras de vacinação. Na ocasião, a polícia extraiu algumas informações do telefone de Cid, pois teve acesso aos aparelhos dele; de Gabriela Santiago Cid, mulher do tenente-coronel; e de Luis Marcos dos Reis, militar que trabalhou com Bolsonaro.
A jornalistas, Wajngarten minimizou as mensagens e os documentos encontrados pela PF no celular de Mauro Cid. Conforme noticiado, a PF concluiu que o tenente-coronel reuniu documentos em seu celular para dar suporte a uma intervenção militar depois das eleições.
“Cid era a porta de entrada de quem queria falar com o presidente Bolsonaro”, continuou Wajngarten. “O telefone dele sempre esteve à disposição. O telefone dele era o muro das lamentações das demandas para Bolsonaro. Então é natural ter conversas de todos os temas. O tenente-coronel era o bom-dia e o boa-noite do ex-presidente.”
Fardado, Cid esteve nesta terça-feira na CPMI do 8 de Janeiro. Contudo, ele se mantém calado sem responder a nenhum questionamento dos parlamentares.