Wajngarten diz que indiciamento de Bolsonaro é “perseguição”

Para o advogado do ex-presidente, a situação é tão “absurda” quanto a investigação sobre a baleia

O advogado de Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, usou o X para comentar o indiciamento do ex-presidente pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público no caso que apura a suposta falsificação de certificados de vacinas de Covid-19.

Wajngarten classificou como “lamentável” a decisão da Polícia Federal (PF) e completou dizendo que se trata de uma “perseguição política”, comparando a situação com a investigação sobre a baleia.

“O mundo inteiro conhece a opinião pessoal do presidente Jair Bolsonaro quanto ao tema da vacinação, muito embora ele tenha adquirido mais de 600 milhões de doses. Ademais, enquanto exercia o cargo de presidente, ele estava completamente dispensado de apresentar qualquer tipo de certificado nas suas viagens. Trata-se de perseguição política e tentativa de esvaziar o enorme capital político que só vem crescendo”, escreveu.

Desde o ano passado, o ex-presidente virou alvo de uma operação que apurava um suposto esquema de adulteração de cartões de vacina. No dia 3 de maio, agentes da PF estiveram na casa de Bolsonaro e apreenderam o celular dele.

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Naquele mesmo dia, a PF prendeu seis pessoas, entre elas o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro durante o mandato dele como presidente da República. De acordo com a PF, teriam sido emitidos certificados de vacinação com dados falsos em nome de Cid, da esposa dele e das três filhas do casal.

Além do ex-chefe do Executivo, o tenente-coronel Mauro Cid, o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e mais 14 pessoas também constam da lista de indiciados. No caso de Cid, também foi apontada a suposta prática de crime de uso indevido de documento falso.

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