Ex-aliados se desentenderam e travam queda de braço
Um vídeo compartilhado no Twitter mostra o momento em que a Rússia abre fogo contra um comboio do grupo paramilitar Wagner que seguia em direção a Moscou. O ajuntamento se rebelou contra o presidente Vladimir Putin, depois de um suposto ataque do Kremlin a seus membros.
Mais cedo, a agência de notícias Reuters informou que helicópteros russos dispararam contra mercenários do Wagner. “Esse ataque mostra um comboio insurgente indo para Moscou na rodovia M-4, mas o alvo também pode ser apenas um ônibus civil”, disse o usuário que publicou o registro compartilhado por veículos de imprensa estrangeiros, como o jornal norte-americano New York Post.
Quem é o grupo Wagner, que ameaça o governo Putin na Rússia
Comandado por Yevgeny Prigozhin, o grupo Wagner era um antigo aliado de Putin, tendo auxiliado o presidente russo e ex-agente do serviço secreto soviético KGB na invasão da Ucrânia. Cerca de 20 mil mercenários fazem parte do Wagner, conforme estimativas recentes.
O grupo paramilitar Wagner é formado por ex-prisioneiros, civis russos e estrangeiros. Fundado em 2014, Wagner atuou para ajudar a Rússia a tomar Crimeia, território ucraniano, naquele mesmo ano. Ex-aliado de Putin e agora sua principal ameaça, o exército privado Wagner já foi alvo de sanções da União Europeia, do Reino Unido e até dos Estados Unidos.
Neste sábado, 24, o presidente russo Vladimir Putin chamou a ação do grupo Wagner de “facada nas costas”. “É um golpe para a Rússia, para o nosso povo”, disse Putin.
“E nossas ações para defender a pátria contra tal ameaça serão duras. Todos os que deliberadamente pisaram no caminho da traição, que prepararam uma insurreição armada, que seguiram o caminho da chantagem e métodos terroristas, sofrerão punição inevitável, responderão tanto à lei quanto ao nosso povo”, prometeu o presidente russo.