Vereador petista que invadiu igreja em Curitiba pode perder mandato

Câmara de vereadores deve avaliar pedido de cassação nesta semana

Vereadores da Câmara de Curitiba (PR) devem analisar nesta semana o pedido de cassação de mandato do vereador Renato Freitas (PT), que invadiu uma igreja durante uma missa no começo do ano na capital paranaense para protestar.

O presidente da Casa, Tico Kuzma (Pros), informou pelas redes sociais que o debate sobre o assunto vai ocorrer entre esta terça-feira, 21, e quarta-feira, 22. A decisão de Kuzma ocorre depois de a Justiça revogar liminar que proibia a votação da cassação do petista.

No começo de maio, o Conselho de Ética da Câmara de Curitiba deu aval por maioria de votos pela perda de mandato do petista. No dia 19 do mesmo mês, os vereadores votariam o relatório do Conselho de Ética em sessão extraordinária.

No entanto, a juíza Patrícia de Almeida Gomes Bergonese, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, suspendeu a sessão até a conclusão de uma sindicância que apurava se mensagens racistas enviadas para Freitas partiram de um e-mail institucional do vereador Sidnei Toaldo (Patriota), relator do processo no Conselho de Ética. Sem associação comprovada, a juíza revogou a liminar nesta segunda-feira, 20.

Histórico

Em 6 de fevereiro deste ano, Renato Freitas e apoiadores invadiram a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de São Benedito, durante uma missa, para protestar contra a morte de Moïse Kabagambe, jovem de 24 anos morto no Rio de Janeiro depois de ser espancado próximo a um quiosque na praia. Durante a invasão, os participantes da missa foram chamados de fiéis “fascistas” e “racistas”.

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