Presidente do PL disse que o ex-presidente “é uma pessoa correta, íntegra, que melhorou o país”
Em uma publicação feita em seu perfil no Twitter nesta quarta-feira (3), o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro, que virou alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), autorizada por Alexandre de Morares (STF), que apura uma suposta inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
Em sua postagem, Valdemar disse que Bolsonaro “é uma pessoa correta, íntegra, que melhorou o país e procurava sempre seguir a lei”. O dirigente do Partido Liberal também disse confiar que a inocência do ex-presidente será comprovada na Justiça.
“Confiamos que todas as dúvidas da Justiça serão esclarecidas e que ficará provado que Bolsonaro não cometeu ilegalidades”, afirmou.
SOBRE A OPERAÇÃO
O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid Barbosa, foi preso durante uma operação da Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (3). A prisão ocorre no âmbito de uma operação da PF que investiga um grupo suspeito de realizar a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
A ação, batizada de Venire, cumpre 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro. De acordo com a corporação, os agentes também analisam material apreendido durante as buscas e realizam oitivas de pessoas que possuam informações a respeito dos fatos investigados.
Além de Mauro Cid, o policial militar Max Guilherme e o militar do Exército Sérgio Cordeiro, seguranças do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estão entre os seis presos pela PF. Nesta manhã, os agentes ainda fizeram buscas em um endereço do ex-presidente da República em Brasília. Bolsonaro não foi alvo de mandado de prisão, mas deve prestar depoimento ainda nesta quarta.
A PF informou que as inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, tiveram como consequência a possibilidade de permitir que pessoas pudessem fazer a emissão de certificados de vacinação e utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos do Brasil e dos Estados Unidos.
As ações policiais acontecem dentro do inquérito que apura a atuação do que se convencionou chamar “milícias digitais”, atualmente em tramitação no STF. A Polícia Federal informou que os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.