Vacinas de Pfizer e Moderna têm menor eficácia contra variantes do coronavírus

A pesquisa feita pela Universidade Rockefeller indica que pode ser necessário atualizar os imunizantes de tempos em tempos para compensar a evolução do vírus

As vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas pela Moderna e pela Pfizer–BioNTech são “levemente menos eficazes” contra as novas variantes do Sars-Cov-2, afirmam pesquisadores da Universidade Rockefeller, em Nova York. O estudo, que foi divulgado pela revista científica Nature, aponta que pode ser necessário ser vacinado novamente de tempos em tempos para garantir a proteção, principalmente contra as cepas detectadas no Reino Unido e na África do Sul.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas realizaram experimentos com amostras de sangue de 14 indivíduos que tinham recebido as duas doses da vacina da Moderna, e com seis pessoas que já tinham completado a imunização com a da Pfizer-BioNTech. Os autores constataram, primeiro, que ambas as vacinas levavam à produção de anticorpos neutralizantes e observaram que os indivíduos imunizados com qualquer uma das duas vacinas produziam anticorpos praticamente idênticos.

Depois, para determinar se o medicamento funcionava contra as variantes, os pesquisadores testaram as amostras dos 20 indivíduos contra o coronavírus que tinha sido modificado para expressar uma das dez mutações da proteína S do Sars-CoV-2, a proteína que o vírus usa para entrar na célula.

A equipe constatou, então, que a atividade neutralizadora contra essas variantes se reduzia entre uma e três vezes. “A atividade contra essas variantes caiu em uma pequena margem, mas significativa, então pode ser necessário atualizar as vacinas e monitorar a imunidade para compensar a evolução do vírus”, concluem os autores.

Com informações da EFE

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