‘Separados como animais’ – Universidade de Brasília vai usar “selo” para identificar vacinados

Adesivo colado em documento dará acesso às dependências do campus

Estudantes e servidores da Universidade de Brasília (UnB) que tenham se vacinado contra a Covid-19 serão diferenciados dos demais por meio de um “selo” de identificação. Trata-se de um adesivo amarelo com um desenho de uma seringa, que será colado em um documento com foto (RG, CNH, carteira funcional ou estudantil, crachá, entre outros).

Com esse documento, os vacinados terão livre acesso aos prédios do campus. A professora da UnB Selma Kückelhaus, que é contra a medida, disse que isso não passa de um meio de protelar o fim do passaporte sanitário.

“Para mim, isso é uma forma de protelar a retirada do passaporte sanitário e dar uma nova carinha no processo de segregação de pessoas. Pessoas como eu que não se vacinaram não têm acesso ao selo…aliás, eu não quero um de jeito nenhum, é vergonhosa essa decisão!”, diz a docente, que chegou a renunciar ao cargo de coordenadora do curso de Medicina justamente por discordar da adoção da exigência de passaporte da vacina.

“As vacinas correntes e experimentais não impedem nova infecção, tampouco o contágio. Isso é fruto das mentes embotadas pelo medo”, disse ela na época, em janeiro deste ano.

O Comitê de Coordenação das Ações de Recuperação (CCAR) da UnB elaborou um documento no qual diz que o acesso a todas as edificações da UnB será viabilizado por meio de um “selo institucional”. O símbolo funcionará como comprovante da situação vacinal atualizada dos membros da comunidade universitária (estudantes de graduação e pós-graduação, servidores, docentes, técnicos, estagiários e funcionários terceirizados).

O documento reforça que o recebimento do selo se dará apenas após a conferência do comprovante de vacinação.

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