Ao lado de lideranças evangélicas e de sua família, futuro ministro discursou após ser aprovado pelo Senado para o STF
“É um passo para um homem, um salto para os evangélicos”, assim o futuro ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça, começou seu primeiro discurso após ter sido aprovado pelo Senado.
Ao lado de lideranças evangélicas e da sua família, ele disse que a primeira coisa que fez foi agradecer a Deus. “Estou honrado em poder servir ao meu país no Supremo Tribunal Federal”.
“É um passo para um homem, um salto para os evangélicos. Reponsabilidade muito grande. Uma nação em que 40% dela hoje é representada no Supremo Tribunal Federal”, afirmou o futuro ministro.
A fala faz referência à frase dita pelo astronauta Neil Armstrong ao pisar na lua: “Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade”.
No discurso, Mendonça lembrou que fez muitas “caminhadas” pelo Senado em busca de votos para poder chegar a suprema corte brasileira.
“Mas sempre com humildade, dignidade e sem abrir mão dos meus princípios e valores. É uma demonstração de que os fins não justificam os meios, de que nós podemos vencer com integridade, esforço e dedicação”, pontuou.
“Isso tudo é muito passageiro, vocês podem pensar: talvez ele passe 26 anos da sua vida no Supremo. Isso passa em um piscar de olhos. Eu quero servir a esse país podendo chegar ao final dos meus dias com a mesma dignidade com a qual eu entrei”.
“Eu quero dizer que devo tudo da minha vida a Deus. Eu respiro porque Deus me dá o ar para respirar. Eu penso porque ele me dá capacidade para pensar e eu amo porque ele me amou primeiro”, declarou.
Mendonça também agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro pela indicação, ao Senado pela conclusão da votação. Na sabatina na Comissão de Constituição e Justiça, reforçou a defesa do Estado laico e da democracia.
Ele defendeu a autonomia do Congresso para decidir sobre prisão após condenação em segunda instância e disse apoiar o casamento civil entre casais do mesmo sexo.
“Eu tenho a minha concepção de fé específica; agora, como magistrado da Suprema Corte, isso tem que estar abstraído, eu tenho que me pautar pela Constituição. […] Eu defenderei o direito constitucional do casamento civil das pessoas do mesmo sexo”, disse, na sabatina.