Ucrânia confirma encontro por negociações de paz

País resiste à invasão da Rússia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou neste domingo, 27, que diplomatas de seu país vão se reunir com representantes russos para tratar da paz. O encontro ocorrerá amanhã na fronteira com a Bielorrússia.

O ditador da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, se comprometeu a não permitir que haja hostilidades enquanto as comitivas diplomáticas estiverem negociando um acordo de cessar-fogo.

“Concordamos que a delegação ucraniana se reúna com a delegação russa sem condições prévias na fronteira ucraniana-bielorrussa, perto do rio Pripyat”, escreveu Zelensk, no Instagram. “Alexander Lukashenko assumiu a responsabilidade de garantir que todos os aviões, helicópteros e mísseis estacionados em território bielorrusso permaneçam no solo durante a viagem, as conversas e o retorno da delegação ucraniana.”

Mais cedo, as Forças Armadas da Ucrânia abateram um míssil russo disparado do território bielorrusso. A origem do projétil foi confirmada por Lukashenko. Ele alegou ser “forçado” ao ato, pois batalhões de mísseis ucranianos estão a poucos quilômetros da fronteira com a Bielorrússia, prontos para “atacar em minutos” as posições russas em seu país. Aliado da Rússia, o presidente da Bielorrússia acusa os ucranianos de causarem o conflito.

Ucranianos resistem à invasão russa

Os russos iniciaram uma invasão à Ucrânia em 24 de fevereiro. No dia seguinte, os militares chegaram à capital do país, Kiev. Até o momento, os ucranianos resistem.

O presidente da Ucrânia recusou o conselho dos Estados Unidos de deixar o país. “A luta está aqui”, afirmou o líder ucraniano. “Preciso de munição, não de carona.”

Zelensky anunciou hoje a criação de uma legião formada por estrangeiros para defender a Ucrânia. Ao fazer a convocação, ele disse “que todos que querem se juntar à defesa da segurança na Europa e no mundo podem vir e ficar lado a lado com os ucranianos contra os invasores do século XXI.”

Ucrânia abate soldados russos

O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, informou no sábado, 26, que cerca de 3,5 mil soldados russos morreram durante a invasão do país. O diplomata disse que recebeu os dados de seu governo.

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