‘Estamos vivendo em tempos em que as pessoas vão te dar as costas e te isolar apenas por fazer perguntas’, desabafou a rapper
A rapper Nicki Minaj se tornou a mais recente vítima do cancelamento. Em 13 de setembro, a cantora disse que vai se vacinar contra a covid-19 quando as pesquisas sobre os imunizantes estiverem avançadas. Minaj citou um suposto caso de um amigo de seu primo que teria ficado impotente depois de ser vacinado. “Os testículos dele incharam”, escreveu a cantora, no Twitter. “Faltam poucas semanas para o casamento, mas a noiva cancelou.”
No mesmo dia, seguidores “cancelaram” a artista, pedindo boicote à sua carreira. Na esteira das críticas, o Twitter suspendeu a conta da rapper por “fake news” — o último post é de 15 de setembro. O virologista Anthony Fauci, conselheiro médico do presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que a cantora “devia pensar duas vezes antes de propagar informações sem base científica.” Fauci disse ainda que o relato de Minaj sobre impotência “não faz sentido.”
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Minaj decidiu rebater os ataques em uma live no Instagram. “Não se pode falar no assunto. É assustador”, desabafou, na quinta-feira 16. “Você deveria poder fazer perguntas sobre qualquer coisa que coloca dentro de seu corpo”, disse. “Nós fazemos perguntas sobre qualquer coisa simples, como uma cola, será que essa cola funciona?”, exemplificou, ao comparar o cancelamento que está sofrendo, até mesmo de Hollywood, ao Partido Comunista da China.
“Eu lembro de ir à China e nos dizerem que não poderíamos falar certas coisas contra as pessoas”, lembrou. “Vocês não estão vendo que agora estamos vivendo nesses tempos? Tempos em que as pessoas vão te dar as costas e te isolar apenas por você falar e fazer perguntas?”, interpelou a cantora. A rapper revelou que recebeu um convite para ir à Casa Branca e saber mais sobre os imunizantes. Contudo, o governo Biden negou a informação. Como tudo começou
Minaj se posicionou sobre as vacinas depois de sua ausência ser notada no evento Met Gala, que reúne a nata de Hollywood. Convidada, ela não foi porque os organizadores exigiram que os participantes estivessem imunizados.