TSE proíbe Carla Zambelli de criar novas contas em redes sociais

Decisão é de juiz auxiliar do Tribunal Superior Eleitoral e fixa multa em caso de descumprimento

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) está proibida de criar novos perfis em redes sociais. A decisão, sob sigilo, é do juiz Marco Antonio Martins Vargas, auxiliar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do ministro Alexandre de Moraes, presidente da corte. Ele fixou multa de R$ 100 mil, caso a deputada crie algum novo perfil.

Carla Zambelli, que viajou para os Estados Unidos nesta semana, teve as contas em todas as redes sociais bloqueadas na terça-feira 1º pelo juiz Vargas. No dia seguinte, criou novas contas e divulgou os novos endereços nas redes sociais. Porém, essas novas contas também foram bloqueadas. A decisão judicial alcançou os perfis do Youtube, Facebook, Instagram, Twitter, Telegram, TikTok e LinkedIn.

Aliada do presidente Jair Bolsonaro (PL), Carla foi a mulher mais votada das últimas eleições, com 946 mil votos, e tinha mais de 9,5 milhões de seguidores nas redes sociais suspensas.

O motivo do bloqueio das contas não foi informado. Antes das eleições, a deputada se envolveu em um episódio no qual reagiu, armada, a um ataque. Na segunda-feira 31, ela postou uma mensagem de incentivo às pessoas que faziam protestos contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), bloqueando rodovias.

Em um vídeo publicado depois que teve as contas bloqueadas, Carla Zambelli havia afirmado que “eles estão tirando a voz da mulher mais votada do Brasil” e encerrava a gravação perguntando: “Qual é o próximo passo? A ditadura já chegou no Brasil?”

Sobre a viagem aos Estados Unidos, em resposta a dezenas de tuítes que foram postados, afirmando que estaria fugindo para não ser presa, a deputada disse, em nota divulgada na quinta-feira 3 que estava “cumprindo agendas pessoais e aproveitarei a ocasião para estudar meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas”.

Também afirmou que não comunicou a partida porque está sem acesso a redes sociais e era por meio delas que divulgava sua agenda.

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