‘Como na China’ – TSE gastará R$ 330 mil para monitorar as redes nas eleições

Tribunal contratará empresa para acompanhar o que se fala sobre a Corte e o pleito nas plataformas digitais

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pretende gastar R$ 330 mil para contratar uma empresa que faça o monitoramento de conteúdos sobre a Corte e sobre as eleições que circularem na web e nas redes sociais. A Secretaria de Administração já abriu um processo de licitação com esse objetivo.

Caberá à empresa contratada desenvolver relatórios diários, semanais e mensais sobre conteúdos que possam impactar a imagem da Corte e do pleito. Serão acompanhados os assuntos, as publicações e influenciadores que falarem sobre o tema e mais repercutirem nas redes, assim como o sentimento das pessoas em relação às eleições.

As plataformas que serão monitoradas são o Facebook, YouTube, Instagram, Twitter, Tik Tok, Flickr, LinkedIn e blogs. A inspeção será realizada com auxílio de palavras-chave, hashtags e outros mecanismos de busca.

A parceria terá duração de 12 meses e deve ser iniciada no mês de maio.

China amplia vigilância de redes sociais ocidentais

Assim como o TSE aqui no Brasil, a China já está vigiando as redes sociais, incluindo o Facebook e o Twitter. O Partido Comunista Chinês (PCC) mantém uma rede nacional de serviços de vigilância de dados, chamados Softwares de Análise de Opinião Pública, que foram desenvolvidos na última década para alertar os integrantes do governo sobre as informações politicamente sensíveis ao país asiático. A informação foi divulgada pelo jornal norte-americano The Washington Post.

O programa tem como alvo principalmente os usuários de internet domésticos. No entanto, os documentos analisados pelo The Washington Post mostram que, desde o início de 2020, os softwares começaram a coletar dados de possíveis alvos estrangeiros a partir do Twitter, Facebook e outras redes sociais.

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