Corte reagiu aos atos de caminhoneiros, que se espalham pelo país
Desde a tarde da segunda-feira 31, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vem determinando a remoção de grupos do WhatsApp e do Telegram, em que caminhoneiros organizam as paralisações, que já alcançam 22 Estados mais o Distrito Federal. Os atos são contra a vitória do ex-presidente Lula na eleição.
Os ofícios do TSE estabelecem a remoção de conteúdos “que incitem grave perturbação de ambiente democrático” e instiguem “a intervenção militar ou a aplicação desvirtuada do artigo 142 da Constituição”. Os aplicativos de mensagens instantâneas estão acatando as ordens do TSE gradativamente.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, que obteve a decisão, o Telegram foi o principal app usado para as convocações, e, quando a empresa começou a bloquear grupos a pedido do tribunal, eles migraram para o WhatsApp. Os atos seriam a favor da intervenção militar, o que ainda não se confirmou.
Até meio-dia, eram 267 pontos de interdição ativos de caminhoneiros, em 22 Estados e no Distrito Federal, sendo que as maiores concentrações foram registradas em Santa Catarina, Pará e Mato Grosso.
O ápice dos bloqueios nas rodovias federais ocorreu durante a tarde da segunda-feira 31, com o registro de 421 interdições no país. Desde então, cerca de 300 pontos foram desobstruídos.
Segundo o diretor-executivo da PRF, Marco Territo, o órgão solicitou apoio da Polícia Federal, da Força Nacional de Segurança e policiais militares estaduais e de outras forças de segurança para “restabelecer a ordem quanto antes e liberar o trânsito nas rodovias e garantir o direito de ir e vir e o escoamento de mercadorias nas rodovias federais”, disse.