Protestos contra a guerra na Faixa de Gaza e contra Israel dominam universidades nos Estados Unidos
O candidato republicano à Presidência dos EUA, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (1°) que “foi uma coisa linda de se ver” policiais de Nova York entrando em um prédio da Universidade de Columbia ocupado por manifestantes radicais pró-palestinos.
O ex-presidente chamou as pessoas que protestavam de “lunáticos furiosos e simpatizantes do Hamas”.
“Nova York estava sitiada ontem à noite”, ressaltou Trump aos seus apoiadores em um comício de campanha em Wisconsin. Ele elogiou os policiais por prenderem cerca de 300 manifestantes.
Os republicanos acusaram alguns administradores de universidades de fechar os olhos à retórica e ao assédio antissemita.
O ataque de 7 de outubro ao sul de Israel por integrantes do Hamas e a subsequente ofensiva israelense desencadearam a maior onda de protestos estudantis nos Estados Unidos desde as manifestações anti-racismo em 2020.
“Suas cidades e vilas aceitarão agora pessoas de Gaza e de vários outros lugares”, alegou Trump, em referência a reportagens sobre planos do governo do presidente Joe Biden para aceitar alguns refugiados de Gaza. A multidão vaiou em resposta.
A CBS News afirmou ter obtido documentos internos do governo americano que mostram que as autoridades dos EUA têm discutido diferentes opções para reassentar palestinos que foram deslocados pelos combates em Gaza depois que passarem por testes de triagem.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, pontuou nesta quarta que o governo estava estudando um plano para realocar alguns refugiados palestinos que são parentes dos americanos.
Na semana passada, Trump descreveu os protestos pró-Palestina como sendo motivados por um “ódio tremendo”.
Trump realizou comícios nesta quarta-feira nos estados de Wisconsin e Michigan, enquanto pesquisas eleitorais mostram que ele está em uma disputa acirrada com Biden antes das eleições de 5 de novembro.
Assessores de Joe Biden disseram que o presidente apoia protestos pacíficos, mas se posiciona contra a retórica violenta, o discurso de ódio e a intimidação física, colocando ênfase especial na condenação do antissemitismo nos campi universitários.