Disputa interna entre os tucanos está marcada para outubro; João Doria, Eduardo Leite e Arthur Virgílio são os outros três nomes no páreo
Com dificuldades para viabilizar um nome para a sucessão presidencial de 2022, o PSDB pode contar com mais um postulante para a disputa das prévias do partido, programadas para outubro. Trata-se do senador Tasso Jereissati (CE), de 72 anos, que admitiu pela primeira vez colocar seu nome à disposição dos tucanos.
“Eu defendo a ideia de uma união do centro. Quando eu digo união é porque vejo espaço, nas próximas eleições, para um candidato entre Lula e [Jair] Bolsonaro, que não seja nem de esquerda, nem de extrema-esquerda, nem de extrema-direita”, afirmou o senador em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. “Também não vejo como repetir o governo do PT. Então, está na hora do equilíbrio. Se dividir muito, ninguém vai ter [apoio para chegar ao segundo turno]. Se meu nome servir para unir, em algum momento, vamos trabalhar nessa direção.”
Indagado se aceitaria participar das prévias com os outros nomes já apresentados — os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, além do ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio —, Tasso afirmou que sempre foi “defensor das prévias”. “Mas ponderando que essa prévia seja feita dentro do limite da coerência, de um posicionamento ético. E que sirva para unir, não para desunir. Nunca falei isso, mas acho que as prévias deveriam ficar um pouco para mais tarde, para que nós pudéssemos conversar com os outros partidos. Quando defendo essa união, eu acho que não deve ser só dentro do PSDB.”
Tasso citou ainda outros nomes que, segundo ele, podem se viabilizar como candidatos do centro. “Tem o [Luiz Henrique] Mandetta pelo DEM. O PSDB tem aí tanto o Eduardo Leite quanto o Doria. Tem o Ciro pelo PDT. Luciano Huck é o que tem mais popularidade e está com meio caminho andado. Tem um grupo grande muito consciente dos riscos que o Brasil corre e se dispõe a conversar”, avalia.