Ex-ministro afirmou que a segurança pública em São Paulo “ruiu”
O ex-ministro da Infraestrutura e pré-candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse durante uma entrevista concedida na última sexta-feira (1°) ao portal Money Report que o estado “fez um pacto com o crime organizado” para não combatê-lo. Para Tarcísio, essa opção foi feita por conta do “efeito colateral”.
“E por que se optou por não combater? Porque crime organizado dá efeito colateral e ninguém quer o efeito colateral do combate ao crime”, destacou.
De acordo com o ex-ministro, ao promover o combate ao crime organizado, há “morte policial, queima de ônibus, assalto ao banco, aumento da percepção de insegurança”. A declaração foi dada por Tarcísio enquanto ele falava sobre seus planos para a área de segurança no estado.
Ainda segundo o ex-chefe da pasta de Infraestrutura, a segurança pública do estado de São Paulo “ruiu”. Ele ainda destacou que o problema de não se promover um combate ao crime organizado é que ele “cresce, se infiltra no poder e acaba se tornando força política”.
Após a fala do ex-ministro, a Secretaria de Segurança Pública paulista emitiu uma nota onde chamou as declarações de Tarcísio de “ilações”. A pasta ainda declarou que as falas seriam “descabidas e irresponsáveis” e revelariam um “absoluto desconhecimento do tema segurança pública, em especial no que se refere ao estado de São Paulo”.
A saída de Tarcísio do cargo de ministro da Infraestrutura foi oficializada na última quinta-feira (31), quando foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) as exonerações de outros nove ministros de Estado. Quem assumiu em seu lugar foi Marcelo Sampaio, que era o atual secretário-executivo do ministério.