Tarcísio promete aumentar efetivo e reverter imagem do ‘policial suspeito’

Candidato ao governo de São Paulo fala em valorização da categoria e reforço institucional aos profissionais de segurança

Candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) concedeu entrevista ao Jornal da Manhã, na Jovem Pan News, nesta sexta-feira, 19, e falou sobre os planos para a segurança pública do Estado, com promessa de valorização da atividade policial.

Tarcísio disse entender que a recuperação do enfrentamento ao crime, um tema sensível para o eleitorado paulista, passa necessariamente pela valorização das diversas categorias policiais.

“É fundamental valorizar a atividade policial. Temos um déficit hoje de 15 mil homens na Polícia Civil. A Polícia Militar às vezes faz um flagrante e precisa viajar 250 quilômetros para registrar boletim de ocorrência. Temos 134 delegacias da mulher no Estado, mas só 11 delas funcionam 24 horas. Ou seja, falta efetivo. Precisamos dar condição para que a polícia possa fazer investigação e, sendo efetiva, vamos ter uma melhor percepção de segurança”, comentou.

“Essa situação do policial como suspeito e o bandido como vítima tem que acabar. O policial precisa do apreço do Estado para exercer a sua atividade. Tem que se sentir amparado. Existem bons e maus profissionais em todos os lugares. Existe nas Forças Armadas, é inerente ao ser humano. Temos que punir os maus. É preciso que a gente acabe com essa desvantagem em relação ao bandido. Temos que acabar com essa situação de supremacia do bandido. Entendo que a gente tem que abraçar a nossa força policial.”

Ex-ministro de Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio ainda afirmou que, se eleito, pretende replicar o modelo de composição de governo, escalando nomes técnicos para as pastas e preterindo a questão política — incluindo a escolha para a segurança pública.

“Todo o secretariado será técnico. Quero uma pessoa que entenda de segurança pública, que entenda de administração de presídios, de Inteligência. A gente precisa caminhar próximo ao governo federal no compartilhamento polícia, ter uma atuação conjunta na área de Inteligência. Precisamos usar a Inteligência para asfixiar o crime organizado”, declarou.

“O Porto de Santos, por exemplo, é um exportador de drogas e receptor de armas. Precisamos trabalhar de forma harmônica com o governo federal nesse combate.”

Forasteiro

Na entrevista desta sexta-feira, Tarcísio de Freitas voltou a responder sobre o fato de não ser paulista, em dado que vem sendo explorado pelos principais adversários da disputa: Fernando Haddad (PT) e Rodrigo Garcia (PSDB).

“São Paulo foi criada por paulistas e por gente que veio de fora. São Paulo quer alguém que tenha sensibilidade, que consiga encaminhar uma solução. Ideia todo mundo tem. São Paulo precisa de alguém com capacidade de tirar essas ideias do papel. Ninguém quer saber onde você nasceu”, respondeu o candidato do Republicanos, nascido no Rio de Janeiro.

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