Supremo elege Nunes Marques para ministro efetivo do Tribunal Superior Eleitoral

Com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski uma vaga foi aberta para o órgão eleitoral

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) elegeu o ministro Kássino Nunes Marques para o cargo de membro efetivo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2025. Com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski uma vaga foi aberta para o órgão eleitoral.

Desde agosto de 2021, Nunes Marques atua na Corte eleitoral como ministro substituto e, a partir de agora, assume como ministro efetivo.

De acordo com a Constituição, o Tribunal Superior Eleitoral é composto por, no mínimo, sete ministros efetivos: três vindos do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dois juristas nomeados pelo presidente da República — entre as prerrogativas para a escolha do presidente estão: notável saber jurídico, idoneidade moral — a partir de uma lista tríplice com indicações do STF.

Vaga de Nunes Marques foi aberta com aposentadoria de Lewandowski

O ministro Ricardo Lewandowski, mais alinhado com o PT nas últimas décadas, encerrou suas atividades no STF aos 74 anos. Ele pediu a antecipação da carreira em março deste ano e teve a solicitação acatada, em pedido assinado por Lula, o mesmo que o indicou para a Corte há 17 anos. O decreto foi publicado no dia 6 de abril, no Diário Oficial da União.

Em sua trajetória desde que a ex-primeira-dama Marisa Letícia o recomendou para o Supremo, em 2006, Lewandowski foi responsável por diversas decisões que beneficiaram diretamente políticos de esquerda, especialmente aqueles ligados ao PT. Na época, o partido vivia sua primeira grande crise, com a imagem arranhada pelo Mensalão.

Foi justamente no julgamento da Ação Penal 470, sobre a quadrilha do Mensalão, que Lewandowski começou a chamar a atenção. Ele livrou o ex-presidente do PT José Genoino da acusação de ter atuado para corromper parlamentares no esquema.

O magistrado também afirmou que não foram recolhidas provas de que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, apontado como “o chefe da quadrilha do Mensalão”, coordenou ou participou da ação criminosa.

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