Batizada de Ana Júlia, especialistas suspeitam que animal sofreu maus-tratos
A sucuri considerada a maior do mundo ao ser flagrada por um cientista holandês foi encontrada morta em Bonito, no Mato Grosso do Sul. O réptil tinha cerca de sete metros de comprimento e, há oito anos, era acompanhado por pesquisadores. A causa da morte do animal é investigada e a suspeita é de que a cobra tenha sofrido maus-tratos.
A identificação da serpente, batizada de Ana Júlia, aconteceu por meio de manchas que ela possuía no rosto. De acordo com Cristian Dimitrius, documentarista de vida selvagem, a sucuri era a mais famosa do mundo.
“Ela deve ser a sucuri mais famosa do mundo, totalmente emblemática para a região. Imagens com a serpente já rodaram o mundo”, disse ele ao portal G1.
O motivo da morte de Ana Júlia vai ser investigado pela Polícia Militar Ambiental, que está colhendo informações. O animal estava com o corpo inchado, próximo ao Rio Formoso.
“Era um animal adulto e saudável, teria ainda pela frente provavelmente muitos eventos reprodutivos para contribuir para a perpetuidade da população de sucuris da região, ela era um símbolo também, conhecida localmente e pelos turistas já que costumava ficar descansando no barranco do rio onde passa o passeio de bote”, disse a pesquisadora Juliana Terra.
Em fevereiro, o pesquisador holandês Freek Vonk viralizou ao publicar um vídeo nadando ao lado de Ana Júlia. Na ocasião, ele disse que era a maior sucuri do planeta e descreveu a cobra como “um monstro, parece um ser mitológico”.