Subprocurador pede ao TCU que afaste Bolsonaro das funções dos ministérios da Saúde, Economia e Casa Civil

O subprocurador-geral do Ministério Público, Lucas Rocha Furtado, pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU), nesta sexta-feira (19), que afaste o presidente da República, Jair Bolsonaro, das funções administrativas e hierárquicas do Ministério da Saúde, da Economia e da Casa Civil.

O subprocurador quer que o Tribunal reconheça “a legitimidade, a competência administrativa e a autoridade” do vice-presidente Hamilton Mourão. Segundo Furtado, Mourão teria autoridade para nomear responsáveis pelos ministérios.

No documento, Lucas Furtado pede ao TCU para “determinar cautelarmente o afastamento do presidente da República das funções e competências administrativas e hierárquicas relacionadas ao comando dos Ministérios da Saúde, da Fazenda, da Casa Civil”. Nesses casos, sem prazo para ser julgado no TCU, é designado um relator, que pode decidir unilateralmente ou submeter o pedido ao plenário do tribunal.

Atividade ou ativismo?

Segundo o site O Antagonista, o subprocurador Lucas Rocha Furtado, que já pediu a suspensão da propaganda do pacote anticrime em 2019, é o mesmo que defendeu que a análise das atividades financeiras de Glenn Greenwald caracterizaria “desvio de finalidade e dispêndio indevido de recursos públicos”.

Em um passado um pouco mais distante, quando o PT estava no poder, deu pareceres favoráveis a personagens como Luiz Gushiken e Henrique Pizzolato.

Um pouco mais sobre esse Subprocurador “ativista”

De acordo com o jornalista José Maria Trindade, da Jovem Pan, tal pedido esdrúxulo não seguirá adiante, pois quem fez o pedido não foi o Ministério Público, mas o Subprocurador que se gaba em dizer que é o “espinho do governo” no Tribunal de Contas da União. Em 11 meses, Furtado fez 67 representações. Dessas 67, 54 foram contra o Governo Bolsonaro que foram rejeitadas.

Por Gleyson Araújo | Portal Cidade News

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