STF: Ministro Roberto Barroso faz críticas a decisão de Nunes Marques sobre missas e cultos

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, assim como outros membros da Suprema Corte, externou seu sentimento contrário a decisão monocrática de seu colega, Nunes Marques, que liberou as celebrações religiosas presenciais no decorrer da pandemia. Na ocasião, Barroso lamentou o fato de Kassio ter tomado a decisão sozinho.

Entrevistado pelo UOL, Barroso afirmou que o assunto não era algo urgente que precisasse ser decidido de maneira monocrática. Kassio Nunes decidiu pela liberação no sábado (3).

“Uma decisão com uma repercussão grande como essa, deve ser tomada colegiadamente (…) O Tribunal deve falar a uma só voz. Só uma situação verdadeiramente emergencial, que não possa aguardar 24 horas, é que eu consideraria uma decisão monocrática”, afirmou.

No meio dessa polêmica, na segunda-feira (5), em resposta a Nunes Marques, Gilmar Mendes decidiu por proibir missas e cultos em São Paulo. Ademais, ele enviou o caso para ser julgado no plenário da Corte, o que irá acontece nesta quarta-feira (7).

Barroso esqueceu de criticar as outras decisões monocráticas

As decisões monocráticas, frequentemente tomadas pelos ministros do STF, o Supremo Tribunal Federal, mergulham o país em um cenário de incertezas, descrédito e desconfiança.

A mais recente, que anulou as condenações impostas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e transformou em réu o juiz Sergio Moro, é o último capítulo da série de canetadas com motivações políticas.

Vale lembrar que foram os ministros do STF que soltaram o médico estuprador Roger Abdelmassih. Também foi essa Corte que pôs na rua o traficante André do Rap, ainda foragido. O doleiro da Lava Jato Chaaya Moghrabi foi solto por três vezes.

As ingerências sobre os outros poderes, como a prisão do deputado Daniel Silveira, causam desconforto na relação entre Judiciário, Legislativo e Executivo. Para citar apenas alguns casos de extensa lista.

O que faz a mais alta Corte de Justiça pelo Brasil?

Acossado pela pandemia, o país precisa de tranquilidade, seriedade e postura ética de seus juízes. O que se vê é uma onda de indignação e temor pelo futuro de nosso país.

O Brasil não precisa de mais problemas. Essa é a opinião do Grupo Jovem Pan de Comunicação.

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