A decisão foi tomada por unanimidade em julgamento que terminou na segunda-feira
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, derrubar artigos de uma lei do Amazonas que obrigava escolas e bibliotecas públicas estaduais a manterem ao menos um exemplar da Bíblia em seus acervos. O julgamento, feito por meio do plenário virtual da Suprema Corte, terminou na segunda-feira (12).
O assunto foi pautado no STF por ação proposta ainda em 2015 pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que viu na lei amazonense ofensa aos princípios da laicidade estatal e ao direito à liberdade religiosa. Na ocasião, o chefe da PGR também questionou legislações semelhantes em estados como o Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Mato Grosso do Sul.
No julgamento, a argumentação da PGR foi aceita pela ministra Cármen Lúcia, relatora do processo, para quem o dispositivo dispensava “tratamento desigual” às crenças ao “facilitar” acesso apenas à Bíblia, “desprestigiando” outras religiões e estudantes que não professavam crença religiosa.