‘Passando pano’ – STF defende Barroso após fala sobre derrota bolsonarista

Corte afirma que ministro se referia ao voto popular, e não à atuação de instituições

O Supremo Tribunal Federal (STF) emitiu uma nota a fim de explicar uma fala do ministro Luís Roberto Barroso que repercutiu mal nesta quinta-feira (13). Segundo a Corte, quando o magistrado disse “nós derrotamos o bolsonarismo” no Congresso da UNE, ele se referia ao voto popular, não à atuação de instituições judiciárias.

De acordo com a Corte, o ministro do STF Luís Roberto Barroso, o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o deputado federal Orlando Silva foram “muito aplaudidos” no congresso estudantil desta quarta (12), e defendeu que as vaias vieram de um pequeno grupo.

“Apesar do divulgado, os três foram muito aplaudidos. As vaias, que fazem parte da democracia, vieram de um pequeno grupo ligado ao Partido Comunista Brasileiro, que faz oposição à atual gestão da UNE. Como se extrai claramente do contexto da fala do ministro Barroso, a frase “nós derrotamos a ditadura e o bolsonarismo” referia-se ao voto popular e não à atuação de qualquer instituição”, declara a nota.

Ainda de acordo com o texto, Barroso, Dino e Silva participaram de movimentos estudantis na juventude e compareceram ao evento desta quarta para uma “breve intervenção sobre autoritarismo e discursos de ódio”.

“Nós derrotamos o Bolsonarismo”, diz Barroso em evento da UNE. Fica a questão: Um juiz pode dizer isso?

Após receber vaias de um grupo ligado a profissionais da área de enfermagem enquanto discursava no Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), o ministro Luís Roberto Barroso usou a frase “nós derrotamos o bolsonarismo” e disse que tal fato permitiu “a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”.

“Nós derrotamos a censura, nós derrotamos a tortura, nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, declarou.

Após a fala, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) anunciou, em seu perfil no Twitter, que a oposição entrará com um pedido de impeachment contra o magistrado.

“A oposição entrará com processo de impeachment contra Barroso por cometer crime de “exercer atividade político-partidária”, previsto no art. 39, da Lei 1079/50. Se, por um milagre, houver justiça neste país, a perda do cargo é inegável”, escreveu o deputado.

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