Polícia investiga caso como morte suspeita/acidental
Uma paraquedista profissional, de 40 anos, morreu neste sábado (26) após seu equipamento apresentar problemas durante um salto em Boituva, São Paulo. Chilena e residente no Brasil há mais de cinco anos, Carolina Muñoz Kennedy, mais conhecida como Carito, sofreu a queda depois que seu paraquedas principal não abriu, e o reserva não funcionou adequadamente.
A atleta era experiente no esporte e o praticava desde 2013. Somente neste sábado, dia de sua morte, ela saltou várias vezes antes do acidente. No último voo, o paraquedas reserva utilizado em casos de emergência abriu com um problema conhecido como twist, ou seja, com suas linhas torcidas, o que atrapalhou a sustentabilidade do voo.
Girando no ar, Carito perdeu altitude e caiu por volta das 17h40 na Rua Alzira Agostinho Atalla, na Vila dos Ipês. Testemunhas chegaram a registrar o momento por vídeo, divulgado nas redes sociais.
Confira o vídeo
Moradores do local acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e a atleta chegou a ser levada a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.
Em nota, a Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPq) disse que Carito usava um equipamento de alta performance, e que abrirá uma Comissão Técnica para produzir um relatório sobre as possíveis causas do acidente.
“Neste momento difícil, nossos pensamentos estão para a nossa querida atleta, seus familiares e toda a comunidade paraquedista. Reiteramos nosso compromisso com a segurança e a integridade de todos os envolvidos em nossa atividade esportiva”, disse a entidade.
Já a empresa responsável pelo voo, a Fly Now, expressou “imenso pesar” e lamentou a “partida precoce” de Carito, a quem chamou de “amiga”.
“Sorriso fácil, sempre ajudando todo mundo, um amor imenso pelos animais e pelos seres humanos que fará muita falta nesse plano. Papai do céu leva os melhores primeiro, nós te amaremos para todo o sempre, Carito. Você estará presente em nossas melhores lembranças”, escreveu.
O caso está sendo apurado pelas autoridades e foi registrado como morte suspeita/acidental pela Delegacia de Boituva. Seu equipamento foi confiscado e passará por perícia.