“Sou candidato até minha morte política ser anunciada para valer”

Declaração foi feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro

Em meio a especulações sobre o nome que o substituiria nas eleições presidenciais de 2026 caso siga inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se pronunciou garantindo que seguirá como candidato até que sua “morte política seja anunciada para valer”. O líder conservador afirma que a palavra “talvez” não existe em seu vocabulário. As declarações ocorreram durante entrevista ao portal Metrópoles.

“A resposta é a mesma: essa partícula “se, caso, talvez” não existe. Eu sou candidato até que a minha morte política seja anunciada para valer. Eles não têm argumento para me tirar da política. A não ser o poder, a força de arbitrariedades contra a minha pessoa. Repito: qual a acusação contra mim? Que eu fiz de errado para não disputar uma eleição? E, se eu sou tão mau assim, deixa eu disputar para perder. É muito simples. Ou estão com medo da minha candidatura?”, indagou.

O líder conservador afirmou acreditar que reverterá sua inelegibilidade na Justiça. Entretanto, caso não consiga, recorrerá ao Congresso Nacional, onde aliados trabalham em um projeto para isso.

“Um dos pontos de decisão é o Supremo Tribunal Federal. Eu não quero nem comparar com os casos, porque são casos que não têm nada a ver com o meu. A Dilma foi cassada. A pena são 8 anos de inelegibilidade. Resolveu-se no próprio Senado, o ministro Lewandowski presidindo a sessão, deixá-la elegível. Tanto é que ela disputou em 2018 as eleições para o Senado”, lembrou.

Questionado se acredita que o presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump, poderia influenciar em seu caso, contribuindo para deixá-lo elegível, além de intervir em relação à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), ele respondeu:

“Eu não tenho essa liberdade toda para conversar com ele [Trump], apesar de conhecer alguns assessores, que estão sendo pré-anunciados para compor seu gabinete. Mas acredito que ele tenha um interesse enorme no Brasil pelo seu tamanho, pelas suas riquezas, pelo que representa o nosso povo. E como um país que realmente possa aqui, como exemplo, desequilibrar positivamente para a democracia, para a liberdade, toda a América do Sul. Então, ele vai investir no Brasil sim, no meu entender, no tocante a fazer valer os valores do seu povo, que é muito semelhante ao nosso. Que, através da liberdade de expressão, nós possamos aqui sonhar e não mergulharmos mais ainda numa ditadura que se avizinha”, acrescentou.

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