Se em 2020, para uma parte da população a pandemia parecia concentrada em bairros da periferia ou em uma faixa etária mais alta, após termos cruzado a barreira de mais de 3 mil falecimentos diários a percepção de que a morte nos espreita se intensificou
O Brasil está próximo de alcançar a marca de 400 mil mortos por covid-19. A sensação de que a morte invadiu nossas vidas, nossas casas e parece beliscar nossos calcanhares é palpável e real. Se em 2020, para uma parte da população a pandemia parecia concentrada em bairros da periferia ou em uma faixa etária mais alta, após termos cruzado a barreira de mais de 3 mil falecimentos diários a percepção de que a morte nos espreita se intensificou.
Um pai, uma mãe, um parente, amigo, vizinho ou conhecido. Sogro da sua prima. Amiga de sua avó. Filho. Ex-colega de classe ou de trabalho. Marido. A chance de você conhecer alguém que morreu de covid-19 é alta. Exatamente 67,97%, considerando a população do Brasil (211 milhões de habitantes) é que cada indivíduo conheça em média 600 pessoas.
Ou seja, sete em cada dez brasileiros sabem de alguma vítima fatal da covid em seu círculo de relacionamentos. O número é maior ainda se levarmos em conta apenas a população adulta, os brasileiros maiores de 18 anos (163,981 milhões, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE).