Sérgio Moro negocia migração para o União Brasil e deve desistir da Presidência

Expectativa é que o ex-juiz anuncie saída do Podemos nas próximas horas

O ex-juiz Sérgio Moro negocia migrar de partido, deixando o Podemos para ingressar no União Brasil. A expectativa é que o anúncio da guinada partidária aconteça ainda nesta quinta-feira, 31.

Nesta quinta-feira, o presidente do União Brasil, Luciano Bivar, se reuniu com o deputado Júnior Bozella, que responde pelo diretório estadual do partido em São Paulo. Um representante de Moro também participou do encontro em Brasília.

Segundo a assessoria do ex-ministro da Justiça, Moro deve se posicionar sobre a questão depois de se reunir pessoalmente com Bozella e de ficar a par do que foi tratado com Bivar.

Moro publicou uma foto de uma reunião com Bivar na última segunda-feira, em que falou sobre “a necessidade de termos um único candidato do centro político democrático contra os extremos”. O ex-juiz ainda manifestou que espera estar junto do presidente do União Brasil “de 2022 a 2026, pelo menos”.

Pré-candidato à presidência da República pelo Podemos, Moro agora passa a ter o destino incerto para as eleições deste ano. Se desistir da candidatura presidencial, outras possibilidades de cargo, como o de deputado federal, podem ser discutidas para o pleito de 2 de outubro, caso a migração ao União Brasil seja formalizada.

Desde que anunciou a pré-candidatura à Presidência, o ex-juiz da Lava Jato vem aparecendo em terceiro lugar nas pesquisas de opinião sobre a eleição, mas sempre com índices distantes do ex-presidente Lula e do atual ocupante do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro.

Por sua vez, partido resultante da fusão entre DEM e PSL, o União Brasil já manifestou por meio de seu presidente a intenção de contar com um candidato à presidência da República. No entanto, Bivar disse em mais de uma ocasião que espera aglutinar outras correntes de Centro e que deseja empurrar a decisão sobre o nome de consenso alguns meses à frente, baseando-se em temperatura atualizada do eleitorado, via pesquisas.

Fonte: Revista Oeste

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