Durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, nesta quinta-feira (30), o senador Marcos Rogério – apoiador do presidente Jair Bolsonaro – alertou acerca de supostos excessos do comando da comissão contra cidadãos. No ensejo, o congressista afirmou:
“Aqui dentro desta CPI: se tem um lugar que é campo de maus-tratos e de ódio, é esse território aqui desta CPI. É lamentável. Aqui, quando o depoente não tem uma fala alinhada com o relator e com o comando desta CPI, sai de baixo. Gabinete do ódio? Esse aqui é o gabinete do ódio. Falam de ‘fake news’, de espalhar isso e aquilo. O senador Heinze é vítima de ‘fake news’ de senadores daqui”.
Ademais, o congressista apontou a desnecessidade de convocar empresários à CPI, ao mesmo tempo que se ‘ignora’ escândalos de corrupção:
“Questionaram o depoente, Otávio Fakhoury, sobre o dinheiro que ele doou para a igreja, para missionários. Com isso, o relator, Renan Calheiros, está preocupado. Já o dinheiro da roubalheira, que foi desviado lá para fora, não quer investigar. Quando digo que isso aqui é um espetáculo lamentável, é por causa de coisas como essa”.
Após exibir vídeos com insultos de políticos contra o presidente Jair Bolsonaro, assim como absurdos declarados pelo ex-presidente Lula, Marcos Rogério assestou:
“Chamar o presidente da República de geno*** é liberdade de expressão? A Constituição Federal prevê a liberdade de expressão como direito fundamental, tamanha a sua relevância para o cidadão. Aponta, no artigo quinto, que é livre a expressão do pensamento, sendo vedado o anonimato. É decorrente do próprio regime democrático. A Declaração Universal dos Direitos Humanos estabeleceu em seu artigo 19 que todo ser humano tem direito à liberdade de expressão e opinião. A liberdade de expressão funciona como um termômetro do Estado Democrático. Quando a liberdade de expressão começa a ser cerceada, a tendência é que se torne um estado autoritário. Acusam Bolsonaro de ser autoritário, mas muitos dos integrantes desta CPI tentam cercear a liberdade de expressão de cidadãos, de ideologias. Há pessoas sendo acusadas, simplesmente por, por meio de vídeos, emitirem suas opiniões”.