Sem sucesso, partidos de oposição tentam acordo para ‘tentar’ encher protestos

Há resistência de grupos de direita e de petistas se manifestarem em conjunto

Dez partidos de oposição, do Novo ao PT, vão se reunir amanhã para tentar organizar manifestações conjuntas e amplas pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Um dos desafios será encher a rua, objetivo não atingido pelo ato de domingo (12), liderado majoritariamente por ativistas que defendem uma “terceira via”, com apoio de parte da esquerda. O outro desafio é vencer resistências de grupos de direita, como o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Vem Pra Rua. Eles resistem a participar de eventos que também recebam o partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A reunião de quarta-feira (15) deve ter representantes de PT, PDT, PSB, PSOL, Solidariedade, PCdoB, PV, Rede, Novo, Cidadania. Deve tratar da organização de dois atos já marcados contra Bolsonaro, em 2 de outubro e em 15 de novembro, pelos partidos de esquerda.

Na véspera do ato de domingo, o PT havia divulgado uma resolução de sua Executiva Nacional. O texto saudava “todas as manifestações Fora Bolsonaro”, mas informava que o partido não participaria do ato do dia seguinte.

O PSDB, que se declarou de oposição ao presidente após as falas de Bolsonaro no 7 de setembro, não deve participar do encontro. O presidente do Diretório Estadual de São Paulo do partido, Marcos Vinholi, próximo do governador paulista João Doria, disse que vê a vontade de defesa da democracia “em gente que tem um pensamento mais à esquerda, de centro ou de direita”. Sem citar o PT, ele disse que o ambiente não é de formação de alianças eleitorais.

“Não vejo aliança política eleitoral dentro do cenário, mas respeito as divergências, compreendendo a importância da democracia para o país”.

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