A manifestação ocorreu na noite desta quarta-feira (30), no salão azul do Senado Federal, logo após a sessão da Comissão de Fiscalização e Controle que tratou sobre a falta de transparência no processo eleitoral, entre outros temas.
Cerca de 30 homens e mulheres de vários estados, incluindo representantes de povos tradicionais, acompanhava a sessão do colegiado e, em uma atitude surpresa, todos se sentaram no chão do saguão principal, onde ficam os profissionais de imprensa, bem diante da entrada do gabinete da presidência, o tradicional ‘Salão Azul’.
“Se precisar, a gente acampa, mas o ladrão não sobe a rampa”, cantava o grupo.
Uma mulher assumiu a palavra e apresentou uma pauta em que constava o fim da censura, a questão da liberdade de expressão, o fim do inquérito do fim do mundo, a anistia das multas aos caminhoneiros e empresários e o desengavetamento do pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
Apesar do grupo ser originário do acampamento montado diante do QG do Comando Militar do Planalto há um mês, para onde eles retornaram após o ato, a presença deles no Congresso Nacional levantou algumas dúvidas, principalmente nas redes sociais, sobre a legitimidade do grupo e sobre sua representatividade, já que algumas das pautas divergem do que vem sendo conclamado desde o fim do segundo turno.
Para dirimir a dúvida, a redação do site Jornal da Cidade Online contatou a assessoria de comunicação da deputada federal Carla Zambelli, e recebeu a confirmação de que as pessoas do grupo, de fato, estão acampadas em Brasília e foram escaladas para comparecer à comissão – um direito garantido pelo regimento interno da casa.
Quanto à pauta, é natural que ocorram divergências, de acordo com a linha de pensamento das diversas alas do movimento, considerando que é uma manifestação que já envolve milhões de pessoas e se espalha por todo o país.
Ao que tudo indica, as mobilizações e a tensão tendem a aumentar, na medida em que a diplomação e posse do ex-presidiário se aproxima.