O congelamento do pagamento também atinge outros artistas que participaram dos atos pró-Lula
Depois que o cachê da cantora baiana Daniela Mercury veio à tona, a prefeitura de São Paulo decidiu suspender o pagamento à artista, por enquanto. A gestão de Ricardo Nunes (MDB) disse que tomou essa decisão até que se esclareça por completo o caso.
A cantora de axé fez apresentação no domingo (1º), Dia do Trabalho, em um comício de Lula, de quem ela é muito amiga e para quem ofereceu um almoço no dia 31 de março passado.
A gestão de Nunes se isentou de qualquer responsabilidade nas irregularidades comprovadas no ato e colocou a culpa pelo pagamento indevido em cima dos vereadores de SP. A prefeitura alegou que o parlamentar Sidney Cruz (Solidariedade) usaria R$ 100 mil em emendas parlamentares para quitar o valor cobrado pela apresentação de Daniela no evento das centrais sindicais ligadas ao ex-presidiário Lula.
Além da utilização indevida de recursos públicos no show, Daniela Mercury levantou a bandeira em favor de Lula diversas vezes; o que é proibido em shows que usam verbas do governo e também vedado até agosto deste ano como propaganda eleitoral antecipada.
O congelamento do pagamento também atinge outros artistas que participaram dos atos pró-Lula, como: a banda Francisco El Hombre (R$ 30 mil), o rapper Dexter (R$ 28 mil), a banda Sampagode (R$ 17 mil) e o DJ KL Jay (R$ 12 mil).
Ninguém vai receber pelos serviços contratados até a apuração dos fatos e de eventuais responsabilidades.