Ex-ministro voltou a rebater declarações da jornalista Amanda Klein
Na Jovem Pan, a jornalista Amanda Klein e o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles divergiram novamente em uma breve análise sobre Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL). Amanda criticou argumentos apresentados nas lives do chefe do Executivo.
“Não é pensando em empréstimo para Venezuela, Cuba. Talvez isso faça sentido para o público das lives semanais do presidente [Jair Bolsonaro], que é um público muito ideológico. Mas, para o brasileiro médio, para as pessoas que estão preocupadas com o dia a dia, isso não faz o menor sentido: não é isso que vai conseguir [fazer] com que o presidente Bolsonaro amplie o seu eleitorado e ganhe essa eleição”, falou a jornalista.
Salles rebateu, apontando casos de corrupção durante os governos do PT.
“Não basta só dizer o quanto foi, porque de fato o montante é muito alto. […] A gente sabe que a roubalheira do PT. E aí eu discordo da Amanda. Eu acho que o brasileiro médio… quem vota no 13, quem encara a foto do barba lá, na urna, e digita 13 e confirma está dizendo o seguinte: “eu não ligo; pode roubar”. Porque isso é o que voltará a acontecer. No caso do BNDES, o que eles faziam? Disfarçavam de operações legalizadas operações que eram absolutamente imorais. Você colocar dinheiro lá fora, para financiar obras de infraestrutura num [outro] país e deixar o Brasil sem infraestrutura é, sim, uma imoralidade. […] E eu duvido que nessas eleições – foi o que a Amanda tocou aqui, na questão da eleição -, eu duvido que nessas eleições o brasileiro decente encare o barba na urna, digite 13 e confirme. É impossível uma pessoa que tem vergonha na cara, que ensina os filhos a não roubar, que trabalha duro aceitar que volte ao poder um grupo que está roubando, roubou durante 16 anos ou 14 e deixou para o Brasil um legado de destruição das instituições públicas”.
Salles destacou ainda que problemas econômicos não foram causados por Bolsonaro, mas pela pandemia da Covid-19.
“Deixa eu dizer uma coisa aqui: primeiro, a culpa de a economia não estar boa é da pandemia internacional e da forma pela qual governadores e prefeitos lidaram com a pandemia. […] Fizeram o “fecha tudo, a economia a gente vê depois”. A gente está vendo agora o que aconteceu. Não foi graças ao presidente Bolsonaro. O presidente Bolsonaro fez uma série de medidas em meio à pandemia, coisa que outros países não fizeram. […] O brasileiro médio que você citou sabe muito bem diferenciar um governo decente de um governo ladrão, e isso aí ele vai fazer no final do ano”, disse o ex-ministro.