Begoleã Fernandes é de Minas Gerais e seguia para Belo Horizonte quando foi preso
Begoleã Fernandes, o brasileiro de 26 anos preso no aeroporto de Lisboa, em Portugal, portando carne humana na mala, é natural de Matipó, na Zona da Mata de Minas Gerais. Nas redes sociais, ele se define como “2% gênio e 98% louco”.
O brasileiro partiu para a Europa há três anos, com o sonho de se tornar lutador profissional, embora tenha sido aprovado em um curso superior de Odontologia de sua cidade. Segundo seu perfil nas redes sociais, ele exercia as funções de pintor, marceneiro e metalúrgico.
De acordo com a família de Alan Lopes, brasileiro assassinado por Begoleã em Amsterdã, na Holanda, a vítima cedia sua casa para que o mineiro pernoitasse quando não tinha onde dormir.
Alan morava há sete anos na capital holandesa com a mãe e a irmã, que no momento do crime, no último domingo (26), estavam em viagem à França. Kamila Lopes, irmã de Alan, nega que o irmão seja canibal, conforme acusou Begoleã.
“Não sei se em algum momento ele [Begoleã Fernandes] estava com alguma alteração psicológica e criou isso na cabeça dele, acreditou. A gente não sabe, de verdade, como, quando, onde e porque isso de fato aconteceu, o que ele criou na mente dele para acreditar em uma história dessa”, disse ao UOL.
Ainda segundo Kamila, seu irmão trabalhava como açougueiro e fazia empréstimos para Begoleã, nos momentos em que o suspeito passava por dificuldades financeiras.
Pelas autoridades holandesas, Begoleã é descrito como “perigoso, psicótico e com treino de artes marciais”. Ele permanece detido em Portugal e será submetido ao processo de extradição para a Holanda.