Mais de mil foguetes foram disparados contra o país em três dias, segundo exército israelense
O poder bélico e defensivo israelense é reconhecido em todo o mundo devido à sua alta tecnologia. Porém, monitoramentos feitos pela inteligência do país mostram que o arsenal do Hamas veio crescendo desde a última guerra, em 2014.
De acordo com o exército israelense, mais de mil foguetes foram disparados pelo grupo islamita em três dias. O alto volume foi capaz de furar as defesas aéreas em certos pontos, apesar do poderoso sistema antimísseis de Israel: o chamado Domo de Ferro, que intercepta cerca de 90% dos foguetes.
Segundo informou um comandante militar israelense ao jornal The Times of Israel, em fevereiro deste ano, estima-se que o Hamas possua 7.000 foguetes, 300 antitanques, 100 antiaéreos, dezenas de drones, além de 400 comandos navais sofisticados. Com ajuda do Irã, o grupo guerrilheiro cava túneis subterrâneos para o contrabando de armas.
– O Hamas continuamente ganha experiência e trabalha regularmente para aumentar sua capacidade de manufatura nos campos de combate terrestre, naval e aéreo – disse Mahmoud Mardawi, líder do Hamas ao Al-Monitor.
Segundo informações do Jerusalem Post, a inteligência israelense acredita que o grupo guerrilheiro tenha dezenas de foguetes com alcance entre 100-160 km, que cobrem grande parte do país. Esses mísseis seriam do tipo R-160, M-302D e M302-B. O arsenal contaria ainda com centenas de foguetes com alcance entre 70 e 80 km, dos modelos J-80, M-75, Fajr-5 e M-75 de 2ª geração, que são capazes de atingir Tel Aviv ou Jerusalém. Já os mísseis de alcance de 40 a 50 km chegariam a 5 mil, e a 6 mil os foguetes.
Para o exército israelense, o Hamas conta com 40 mil homens, que poderiam ainda receber reforço de 9 mil do Movimento da Jihad Islâmica na Palestina. Apesar das estimativas, é importante ressaltar que é impossível mensurar com exatidão a dimensão do arsenal do Hamas.
Com a intensificação dos conflitos entre as forças palestinas e israelenses, a ONU expressou a preocupação de que a situação evolua para uma “crise imparável” e uma “guerra em grande escala”. Até o momento, os confrontos resultaram em cerca de 210 mortes, sendo 200 palestinos e 10 israelenses, o que reflete o alto poderio de defesa do sistema antimísseis de Israel.
Neste domingo (16), houve uma reunião no Conselho de Segurança da organização com o embaixador israelense Gilad Erdan e o chanceler palestino Riyad Al-Malik, porém o encontro terminou sem um consenso.