País possui aproximadamente 6,2 mil ogivas nucleares, sendo 4.495 em estoque e 1.760 aposentadas
A declaração feita pelo presidente russo Vladimir Putin sobre a imposição de alerta grave para as equipes que operam as armas nucleares do país colocou o mundo em atenção neste domingo (27). O motivo está no fato de que os russos são atualmente aqueles que possuem a maior quantidade de armas nucleares em todo o planeta.
De acordo com estatísticas divulgadas no anuário de 2021 do Instituto Internacional da Paz de Estocolmo (SIPRI), a Rússia possuía mais de 6,2 mil ogivas nucleares na ocasião, número que é aproximadamente 13% maior que o do segundo colocado, os Estados Unidos, que contava com 5,5 mil ogivas até então, de acordo com o SIPRI.
De acordo com o instituto, Rússia e os EUA juntos possuem mais de 90% das armas nucleares globais e ambos têm programas extensos e caros em andamento para substituir e modernizar suas ogivas nucleares, sistemas de lançamento de mísseis e aeronaves e instalações de produção.
Em janeiro de 2021, segundo o anuário, a Rússia possuía um estoque de aproximadamente 4.495 ogivas nucleares, enquanto outras 1.760 estavam aposentadas e aguardavam desmonte. Dentre as quase 4,5 mil ogivas, 2.585 eram estratégicas ofensivas, sendo 1.625 implantadas em mísseis balísticos terrestres, marítimos e em bombardeiros.
Na ocasião, a Rússia também possuía aproximadamente 1.910 ogivas nucleares não estratégicas, o que representava um pequeno aumento em comparação com a estimativa feita em janeiro de 2020, em grande parte devido ao uso de armas não estratégicas, ou seja, não ofensivas, pela Marinha Russa.
De acordo com anuário do SIPRI, as estimativas são baseadas em informações publicamente disponíveis sobre o arsenal nuclear russo. Entretanto, de acordo com o instituto, devido à falta de transparência, as estimativas e análises dos desenvolvimentos de armas nucleares da Rússia ainda possuem um nível de incerteza considerável.
Apesar disso, em 2020 a Rússia permaneceu em conformidade com os limites de ogivas prescritos pelo Tratado Rússia-Estados Unidos de 2010 sobre Medidas para a Redução e Limitação Adicional de Armas Ofensivas Estratégicas (Novo START), que estabeleceu um limite para o número de armas nucleares estratégicas de russos e americanos.