O Brasil evidentemente deverá manter sua posição de ‘equilíbrio’
O Governo do presidente Vladmir Putin encaminhou, no final de março, carta ao Ministro da Economia, Paulo Guedes, pedindo que ele ajude o Kremlin a não ser expulso do Fundo Monetário Internacional (FMI), nem do Banco Mundial.
Anton Siluanov, ministro das Finanças russo, disse que o país vem sofrendo sanções econômicas do G20 e da União Europeia e escreveu diretamente para o “super ministro” solicitando que ele avalie quais medidas tomaria nesse caso.
“(Solicito) apoio do Brasil para evitar acusações políticas e tentativas de discriminação em instituições financeiras internacionais e fóruns multilaterais. Nos bastidores, há um trabalho em andamento no FMI e no Banco Mundial para limitar ou até expulsar a Rússia do processo de tomada de decisão”.
Siluanov explicou que os Estados Unidos e aliados têm dificultado a administração econômica da Rússia, impondo a Moscou sanções consecutivas, desde que o Kremlin invadiu a Ucrânia, no final de fevereiro.
Bilionários russos foram impedidos de acessar suas reservas no Reino Unido e até os ativos do governo foram confiscados e Putin não conseguiu pagar as prestações da dívida externa.
“Os Estados Unidos e seus aliados estão promovendo uma política de isolamento da Rússia da comunidade internacional. Consideramos que a atual crise causada por sanções econômicas sem precedentes adotadas pelos países do G7 pode ter consequências duradouras, a menos que tomemos uma ação conjunta para resolvê-la”.
O Brasil evidentemente deverá manter sua posição de ‘equilíbrio’.