Rússia diz que atacará Kiev e pede que moradores saiam

Governo russo quer evitar “ataques de informação” contra a Rússia

A Rússia vai atacar locais que pertencem aos serviços de segurança e à unidade de operações especiais da Ucrânia, em Kiev; afirmou o Ministério de Defesa russo, segundo as agências de notícias russas Tass e RIA.

O ministério russo afirma que a medida será tomada para evitar “ataques de informação” contra a Rússia. Segundo as agências, os russos pedem para que as pessoas perto dos locais em Kiev deixem as áreas.

“Para suprimir os ataques de informação contra a Rússia , as instalações tecnológicas do SBU e o 72º centro PSO principal em Kiev serão atingidos com armas de alta precisão. Pedimos aos moradores de Kiev que vivem perto dos locais que deixem suas casas”, disse o representante oficial do Departamento Militar, major-general Igor Konashenkov.

Ele observou que, com o início da operação militar especial, o número de ataques de informações a várias instituições governamentais russas aumentou, como mensagens para atacar cidadãos russos em escolas, jardins de infância, ferrovias e estações.

O Ministério da Defesa da Rússia enfatizou que eles não atingem alvos civis no território da Ucrânia; apenas infraestrutura militar, e que a população civil não estaria em perigo.

Já segundo a agência de noticias RIA, nas últimas semanas, a situação na região do Donbass, onde ficam as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk piorou. Pois o governo ucraniano concentrou a maior parte de seu exército na linha de contato e está bombardeando a região com equipamentos proibidos pelos acordos de Minsk.

As sanções ocidentais não farão a Rússia mudar de ideia sobre a Ucrânia, afirmou nesta terça-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

“Os EUA são fãs de sanções, e a adesão a essa prática se espalhou pela Europa. Eles provavelmente acreditam que podem nos persuadir a mudar nossa posição por meio de sanções. Evidentemente, isso é impossível”, disse Peskov aos repórteres.

Ele também afirmou que o apelo do ministro das finanças francês, Bruno Le Maire, na segunda-feira, para uma guerra econômica total contra a Rússia não mudou a situação.

“Essa não é a primeira declaração desse tipo. E sim, as ações agressivas contra nosso país são de natureza ultraconcentrada agora. Mas essas ações também ocorreram antes”, acrescentou Peskov.

Ele falou ainda que é muito cedo para avaliar a operação militar, – que o Kremlin se recusa a chamar de “guerra” – , e não deu números sobre baixas russas.

Acrescentou também que o Kremlin continua a reconhecer Volodymyr Zelensky como presidente da Ucrânia e não interferirá nas futuras eleições presidenciais.

“O Kremlin não tem nada a ver com as eleições na Ucrânia. O Kremlin não pode participar das eleições ucranianas. É um país diferente”, disse Peskov quando questionado sobre a situação política após o término da operação especial.

AE com agências internacionais

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