O local foi alvo de um ataque russo na madrugada de hoje
Forças militares russas tomaram a maior usina nuclear da Europa na madrugada desta sexta-feira, 4. A unidade fica em Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia. Depois de um ataque, a usina foi tomada por chamas, segundo a administração regional. Três soldados ucranianos foram mortos.
O fogo começou nas primeiras horas de hoje. O serviço de emergências da Ucrânia, entretanto, confirmou que as chamas já foram extintas. A Administração Militar Regional informou que há danos em um reator, mas isso não afeta a segurança da unidade de energia nuclear.
Na manhã de hoje, o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, fez um pronunciamento e culpou “sabotadores ucranianos” pelo ataque à usina nuclear, o que classificou como uma provocação. Ainda de acordo com Konashenkov, a usina nuclear está operando normalmente e a área estaria sob controle russo desde 28 de fevereiro.
A usina
Zaporizhzhia, construída entre 1985 e 1989, é o maior complexo do tipo na Europa. Cerca de 25% da energia ucraniana é fornecida pela usina, o que também a torna um ativo central para qualquer força invasora ou defensora.
Ataques continuam
O avanço russo prossegue ainda em outras áreas do país no nono dia de conflito. As cidades estratégicas estão sob cerco russo enquanto embates ocorrem por diferentes regiões.
Em Ojtirka, cidade localizada na região de Sumi, as forças russas realizaram novos bombardeios, deixando a população sem eletricidade e aquecimento, de acordo com o chefe da Administração Militar, Dmytro Zhivitski.
Em Mariupol, forças ucranianas continuam no controle da cidade, porém a infraestrutura civil está cada vez mais danificada em função dos bombardeios russos, informou um relatório de inteligência do Reino Unido.
Em Kiev, a noite foi marcada por sirenes alertando sobre bombardeios, mas “passou tranquilamente”, segundo a administração local.
Já em Jitomir, uma escola foi atingida por um míssil na manhã desta sexta, segundo o jornal ucraniano Pravda, mas não há informações sobre vítimas.