Darya Duguina teria sido morta por Natalia Vovk, em crime “planejado com antecedência”
O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) acusou, nesta segunda-feira (22), os serviços secretos da Ucrânia de realizarem o atentado ocorrido dois dias atrás e que matou Darya Duguina. Ela era filha de Alexandr Duguin líder do movimento neuroasianista e considerado muito próximo a Vladimir Putin.
“O crime foi preparado e executado pelos serviços especiais ucranianos”, indicou o órgão de inteligência, que era conhecido como KGB, por meio de comunicado.
De acordo com a nota oficial, o atentado foi cometido por uma cidadã ucraniana identificada como Natalia Vovk, de 43 anos. O FSB indica que a acusada chegou à Rússia em 23 de julho, junto com a filha, de 12 anos, e alugou um apartamento no mesmo edifício onde Duguina vivia.
Vovk teria entrado no território russo de carro, com documentos da autoproclamada república popular de Donetsk, se deslocou em Moscou com outros, do Cazaquistão e saiu para fora do país com documentos ucranianos.
Depois do crime, segundo o serviço russo de segurança, a suposta autora “saiu para a Estônia, através da região de Pskov”. No dia do assassinato, Vovk e a filha estavam em um festival cultural, que Duguina participava na condição de “convidada de honra”, indicou o FSB.
A filha de Alexandr Duguin, chamado de “guru de Putin”, morreu depois da explosão de uma bomba que estava embaixo do carro em que ela estava circulando, em uma via nos arredores de Moscou.
Segundo o Comitê de Investigação da Rússia, o atentado “foi planejado com antecedência”.
A presidência da Ucrânia negou anteriormente qualquer relação com o atentado.