Ex-parlamentar afirma que deseja auxiliar a campanha do presidente Jair Bolsonaro
Em prisão domiciliar, o ex-deputado federal Roberto Jefferson foi oficializado como candidato à Presidência pelo PTB nesta segunda-feira, 1°. Jefferson foi condenado no processo do Mensalão e agora cumpre prisão domiciliar pelo inquérito das Fake News.
“A nossa ação não se apõe a Bolsonaro. Ela confronta a abstenção, preenchendo alguns nichos de opção do eleitorado direitista”, afirmou. “Temos que derrotar essa artimanha, o PTB tem que ter candidato próprio. Ofereço o meu nome, Roberto Jefferson, para disputar a eleição presidencial.”
Durante a convenção da sigla, em Brasília, o nome do ex-deputado foi aprovado por unanimidade. Segundo Jefferson, sua candidatura serve como auxílio para a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), também candidato à Presidência. No entanto, a candidatura do ex-parlamentar pode ter problemas judiciais, uma vez que ele cumpre prisão domiciliar.
Jefferson, presidente de honra do partido, não conseguiu comparecer ao evento devido à medida restritiva. Ele enviou um vídeo em que afirmou que seu plano é “somar forças” com Bolsonaro. Para ele, o presidente está sozinho na disputa pelo poder Executivo, “enquanto a esquerda se apresenta como um polvo com tentáculos na forma de múltiplas candidaturas”.
Daniel Silveira (PTB-RJ), deputado federal, também discursou no evento e ofereceu mais detalhes sobre o plano do presidente da sigla. Conforme o parlamentar, Jefferson vai usar sua campanha para “expor aquilo que Bolsonaro não pode expor sem ser perseguido”.
“Roberto vai fazer um serviço à sociedade, entregando a verdade contra os ministros da Suprema Corte, para que o presidente Bolsonaro possa seguir tranquilo a sua candidatura, contando com o apoio da bancada petebista”, explicou. “Somos apoio direto ao presidente Jair Bolsonaro.”
Em abril de 2022, o deputado Silveira foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal, no inquérito das Fake News, a oito anos e nove meses de prisão por agressões verbais aos ministros da Corte. No dia seguinte, o presidente da República, Jair Bolsonaro, publicou uma graça presidencial perdoando a pena de Silveira.