Retaliação? Cármen Lúcia pede que o Supremo julgue notícia-crime contra Bolsonaro por “genocídio”

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou um ofício ao presidente da Suprema corte, Luiz Fux, pedindo que seja marcado o julgamento de uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro por suposto “genocídio” contra os indígenas no decorrer da pandemia.

O propósito da notícia-crime é abrir um inquérito para investigar a conduta do presidente da República ao vetar trecho de lei para assistência aos indígenas durante a pandemia, que previa garantia de fornecimento de água potável e insumos médicos.

O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, já se manifestou contrário a abertura do processo, no entanto, o advogado André Barros, responsável pela ação, recorreu da decisão tomada pelo Ministério Público Federal e o ministro Edson Fachin enviou o caso para o plenário do STF.

Presidente Jair Bolsonaro acusou o ministro de “militância” e “politicalha”

Na manhã desta sexta-feira, 09, o presidente Jair Bolsonaro rompeu o silêncio sobre o Supremo Tribunal Federal (STF), e reagiu à determinação do ministro Luís Roberto Barroso de que o Senado instale CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar ações e supostas omissões do governo federal no combate à pandemia de Covid-19.

De acordo com o presidente, Barroso e a bancada de esquerda do Senado se uniram numa “jogadinha casada” para desgastar o governo.

– Eles não querem saber do que aconteceu com os bilhões desviados por alguns governadores e alguns poucos prefeitos também. Agora, detalhe: dentro do Senado tem processo de impeachment contra ministro do STF. Eu quero saber se o Barroso vai ter coragem moral de mandar instalar esse processo de impeachment também. Pelo que me parece falta coragem moral ao Barroso e sobra ativismo judicial – declarou Bolsonaro.

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