Relato: “Meu pai se casou 27 vezes e hoje tenho 150 irmãos”

Uma mulher fez um relato sobre a vida da própria família e contou um pouco sobre os breves momentos em que se encontra com os 150 irmãos

Uma mulher fez um relato contando um pouco como é a vida na própria casa. O texto chamou atenção depois que ela contou que, quando ela ainda tinha 14 anos, o pai dela já havia tido 12 esposas e ela tinha 40 irmãos. “Pode parecer incrível, mas para nós, era vida normal”, falou ela, ao fazer o relato.

No relato, ela contou um pouco da própria história. Ela disse que, embora a igreja mórmon principal tivesse banido a poligamia em 1890 e casar com mais de uma pessoa no Canadá, onde a família morava, era ilegal, a família dela simplesmente não conseguia se conter. “Minha mãe Jane foi a primeira esposa de meu pai Winston, e eles se casaram aos 18 anos na pequena comunidade mórmon fundamentalista de Bountiful, na Colúmbia Britânica. Meus pais tinham meus quatro irmãos mais velhos – Jake, Hyrum, Peter e Susie – então, aos 26 anos, meu pai foi nomeado bispo. Como todos os homens da comunidade, esperava-se que ele tivesse várias esposas”, explicou ela.Relato: “Meu pai poligâmico se casou 27 vezes e hoje tenho 150 irmãos” (Foto: reprodução News.Au)

Quando a mãe dela estava grávida dela, em 1982, o pai se casou com a segunda esposa, Christina. “Quando eu tinha alguns meses, veio a terceira esposa. Meu meio-irmão Don nasceu apenas seis meses depois de mim em 1983. No início, todos nós 10 morávamos em uma casa em um terreno que possuíamos. Quando eu tinha oito anos, meu pai se casou com a quarta e quinta esposas, e uma segunda casa foi construída ao lado. Foi uma infância de barulho e diversão, e frequentei a escola particular local para crianças da igreja”, relatou.

“Embora as regras fossem rígidas, minha infância foi idílica, brincando ao ar livre com meus irmãos, primos e amigos. As esposas também trabalhavam na lavanderia da cidade ou na fábrica de colchões da igreja próxima. Minha mãe era incomum, pois ela estudou para ser enfermeira e trabalhou como parteira, o que significava que ela poderia dar à luz todos os meus irmãos. Ela trabalhava longas horas, mas eu me sentia amada e cuidada pelas outras esposas do meu pai”, seguiu ela, no relato.

Ela continuou falando que sabia que a situação da família não era comum e era ilegal. “Cresci sabendo que a poligamia era ilegal e que a polícia frequentemente aparecia em nossa casa, embora tolerasse nossa comunidade e ninguém fosse preso. Ainda assim, isso levou a uma corrente de preocupação, com nós, crianças, sendo instruídas a nunca revelar a estranhos quantas esposas meu pai tinha”.

A garota contou que a rotina era bem agitada e o pai se dividia entre os trabalhos na igreja e os cuidados com as esposas e filhos. Aos 17 anos, ela se casou e o pai continuou se casando com mais mulheres e tendo mais filhos. “Aos 17, eu tinha 80 irmãos, com idades entre 27 e alguns meses”, contou.

A igreja, no entanto, ficou sabendo da vida que o pai dela levava e logo tirou dele o cargo de bispo. Anos depois, vieram os problemas com a lei. “Em 2017, meu pai foi acusado de poligamia, mesmo tendo se casado legalmente com minha mãe, e os outros eram “casamentos espirituais”. No ano seguinte, ele foi condenado e recebeu seis meses de prisão domiciliar. Foi a primeira condenação por poligamia no Canadá em mais de um século”, contou.

Hoje, a família ainda celebra Dia de Ação de Graças e Ano Novo juntos, mesmo com as diferenças entre si. “Agora tenho 150 irmãos dos 27 casamentos do meu pai, com idades entre Zyla, de quatro meses, e Jake, 46”, finalizou ela.

Fonte: Revista Pais & Filhos

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