Rei foi uma das figuras mais importantes que reinou o Antigo Egito
O escultor canadense Christian Corbet conseguiu “dar vida” ao faraó Tutancâmon, um dos mais importantes governantes do Antigo Egito. A reconstituição de sua aparência foi conseguida através de um modelo 3D criado a partir de escanamentos do crânio do rei egípcio.
A equipe que ajudou a conduzir o projeto de Corbe usou tomografia computadorizada para criar o modelo 3D. Além disso, marcadores de tecido também foram utilizados para indicar a profundidade do rosto, com base nas características dos egípcios modernos.
Segundo o jornal britânico The Mirror, as reconstruções anteriores de múmias usaram marcadores de tecido baseados em homens brancos. “Acredito que essa aparência é muito mais realista do que qualquer outra das que vimos no passado”, afirma Andrew Nelson, pesquisador da Universidade de Western, no Canadá, que compôs a equipe do projeto.
Originalmente, o modelo 3D foi criado com os olhos fechados, sem as orelhas e sem expressão. No entanto, o escultor Christian Corbet decidiu “ser mais criativo”. Uma vez concluída, a reconstrução de Tutancâmon ganhou olhos abertos, uma “coroa de guerra” e até mesmo “um pouco de abertura dos lábios”.
“De alguma forma mágica, ele me lembrou que era um faraó e concedeu a aprovação do trabalho concluído”, brincou Corbet. “Como artista, você simplesmente sabe quando algo está certo.”
Quem foi Tutancâmon
Nascido durante a 18ª dinastia do Antigo Egito, o jovem faraó Tutancâmon reinou por aproximadamente uma década, de 1332 até 1323 a.C. Com apenas nove anos, o até então príncipe egípcio casou-se com sua meia-irmã Anchesenamon.
Segundo a comunidade científica, Tutancâmon morreu aos 19 anos de idade por alguma doença degenerativa provocada devido aos frequentes casamentos entre familiares. Para os arqueólogos, o faraó sofria de constantes dores nos ossos e devia caminhar apoiado por muletas.
Apesar de ter sido uma das figuras mais importantes de sua dinastia, Tutancâmon ganhou notoriedade depois de ter tido a sua tumba revelada. Em 4 de novembro de 1922, os arqueólogos ingleses Howard Carter e Lord Carnavaron descobriram a múmia do faraó no Vale dos Reis, na cidade de Luxor, onde poderosos monarcas egípcios foram enterrados.