Jovem diz ter sido atacado por grupo de pessoas
O rapaz que acordou em uma praia de Guarapari, no Espírito Santo, com a barriga aberta e as vísceras expostas, em meados de janeiro, afirmou que foi alvo de um ataque, e negou que a namorada tenha sido a autora do crime. Em conversa com a Record TV, pelo telefone, Gabriel Muniz, de 20 anos, disse que perdeu parte do intestino, mas que está fora de risco.
Ele está internado em um hospital particular de Vitória.
“Se Deus quiser, em menos de um mês estou em casa”, afirmou.
O caso de Gabriel virou notícia pelo país depois que surgiram nas redes sociais uma série de especulações sobre o que poderia ter acontecido, e até o vazamento de imagens da cirurgia à qual foi submetido. A namorada do rapaz, que estava com ele no momento do ataque, foi apontada como a principal suspeita. Ela foi ouvida pela polícia.
Segundo o rapaz, ele estava com a namorada na praia do Ermitão. Os dois comemoravam uma viagem dele para estudar nos Estados Unidos.
“Eu tinha passagem comprada para os Estados Unidos. Eu ia viajar na segunda-feira [17] para estudar e ia passar no mínimo seis meses por lá”, afirma.
De acordo com Gabriel, ele e a namorada estavam em uma localidade deserta. Eles haviam ingerido bebida alcoólica, mas o rapaz não quis dizer se eles tinham usado drogas – o que posteriormente foi revelado pela namorada, que admitiu que eles haviam usado LSD.
Ele disse que, por estar embriagado, não se lembra de como foi agredido, mas que os dois foram abordados por um grupo de pessoas.
“Até agradeço a Deus por não lembrar, minha mente bloqueia. Lembro apenas da sensação de ser segurado e de ter sido golpeado muitas vezes na cabeça e no rosto. Não me lembro do momento do corte no intestino”, declarou.
Gabriel afirmou que teve o celular roubado pelo grupo, e que a namorada conseguiu encontrar o dela jogado na areia. Ela então telefonou para o pai e o encontrou no meio da trilha que dava para a praia. Os dois então esperaram o resgate.
O rapaz desmentiu informações das redes sociais de que os cortes foram “cirúrgicos”. Ele também negou que a namorada seja estudante de medicina.
“Não foram de jeito nenhum cortes precisos; foram na altura do umbigo, mas foi com cacos de vidro de uma garrafa. Perdi uma parte do intestino, mas consigo viver com o que restou do trato intestinal. Já estou caminhando normalmente”, relatou.
O jovem disse ainda que a namorada foi agredida, e tinha machucados na cabeça e nos braços. Ela também não estaria se lembrando das circunstâncias do ataque.
“O estado dela era bem melhor que o meu. Eu lembro que me ajudou a chamar o socorro. […] Fico feliz de estar falando, vi o que estavam divulgando. Tinha várias histórias. Fiquei muito abalado’, declarou.