Existe a possibilidade da CPI do MEC, proposta pela oposição, ser fundida com CPI das obras inacabadas do PT
O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) está irredutível quanto a instalação da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que apure as denúncias de uma suposta corrupção no Ministério de Educação (MEC). Para ele, não basta que a CPI seja oficialmente aberta, ela precisa ocorrer de forma exclusiva.
Prova disso é que o parlamentar vai procurar nesta sexta-feira (1º) o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para pedir que a CPI do MEC não seja fundida com a comissão de obras inacabadas do PT, criada pela base governista da Casa, como chegou a ser cogitado.
“Essa ideia de unir as duas CPIs não tem razão nem sentido nenhum. São duas comissões com fatos determinados totalmente distintos. A comissão proposta pelo governo tem o objetivo de neutralizar a nossa. Não tem a intenção real de debater obras inacabadas, é uma intenção fake. Já a nossa CPI quer investigar, tem um fato determinado, tem um foco, que é o esquema de corrupção do MEC”, avaliou.
A sugestão de Pacheco pretende atender tanto oposição quanto aliados do governo. Enquanto a oposição está interessada em investigar o escândalo da ação dos pastores que intermediavam verba pública a prefeituras, sob a gestão de Milton Ribeiro, os governistas querem averiguar as obras de governos anteriores que não foram concluídas.
Rodrigo Pacheco disse que deverá decidir sobre a instalação das diversas CPIs solicitadas na próxima semana. Para Randolfe, misturar esses dois temas só interessa ao governo.